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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Carteira


Eu retornava pra casa, em um dia muito frio quando tropecei em uma carteira.
Procurei por algum meio de identificar o dono. Mas a carteira só continha três dólares e uma carta amassada, que parecia ter ficado ali por muitos anos.
No envelope, muito sujo, a única coisa legível era o endereço do remetente.
Comecei a ler a carta tentando achar alguma dica.
Então eu vi o cabeçalho. A carta tinha sido escrita quase sessenta anos atrás.
Tinha sido escrita com uma bonita letra feminina em azul claro sobre um papel de carta com uma flor ao canto esquerdo.
A carta dizia que sua mãe a havia proibido de se encontrar com Michael mas ela escrevia a carta para dizer que sempre o amaria.
Assinado Hannah.

Era uma carta bonita, mas não havia nenhum modo, com exceção do nome Michael, de identificar o dono.
Entrei em contato com a cia. telefônica, expliquei o problema ao operador e lhe pedi o número do telefone no endereço que havia no envelope.
O operador disse que havia um telefone mas não poderia me dar o número. Por sua própria sugestão, entrou em contato com o número, explicou a situação e fez uma conexão daquele telefone comigo.
Eu perguntei à senhora do outro lado, se ela conhecia alguém chamada Hannah.
Ela ofegou e respondeu:
- "Oh! Nós compramos esta casa de uma família que tinha uma filha chamada Hannah. Mas isto foi há 30 anos!"
- "E você saberia onde aquela família pode ser localizada agora?" Eu perguntei.
- "Do que me lembro, aquela Hannah teve que colocar sua mãe em um asilo alguns anos atrás", disse a mulher. "Talvez se você entrar em contato eles possam informar".
Ela me deu o nome do asilo e eu liguei. Eles me contaram que a velha senhora tinha falecido alguns anos atrás mas eles tinham um número de telefone onde acreditavam que a filha poderia estar vivendo.
Eu lhes agradeci e telefonei. A mulher que respondeu explicou que aquela Hannah estava morando agora em um asilo.
A coisa toda começa a parecer estúpida, pensei comigo mesmo. Pra que estava fazendo aquele movimento todo só para achar o dono de uma carteira que tinha apenas três dólares e uma carta com quase 60 anos?
Apesar disto, liguei para o asilo no qual era suposto que Hannah estava vivendo e o homem que atendeu me falou, - " Sim, a Hannah está morando conosco."
Embora já passasse das 10 da noite, eu perguntei se poderia ir para a ver.
- "Bem", ele disse hesitante, "se você quiser se arriscar, ela poderá estar na sala assistindo a televisão".
Eu agradeci e corri para o asilo. A enfermeira noturna e um guarda me cumprimentaram à porta. Fomos até o terceiro andar.
Na sala, a enfermeira me apresentou a Hannah. Era uma doçura, cabelo prateado com um sorrisso calmo e um brilho no olhar.

Lhe falei sobre a carteira e mostrei a carta. Assim que viu o papel de carta com aquela pequena flor à esquerda, ela respirou fundo e disse, - "Esta carta foi o último contato que tive com Michael".
Ela pausou um momento em pensamento e então disse suavemente, - "Eu o amei muito. Mas na ocasião eu tinha só 16 anos e minha mãe achava que eu era muito jovem. Oh, ele era tão bonito.
Ele se parecia com Sean Connery, o ator".
- "Sim," ela continuou. "Michael Goldstein era uma pessoa maravilhosa. Se você o achar, lhe fale que eu penso freqüentemente nele.
E, ela hesitou por um momento, e quase mordendo o lábio, "lhe fale que eu ainda o amo. Você sabe", ela disse sorrindo com lágrimas que começaram a rolar em seus olhos, "eu nunca me casei. Eu jamais encontrei alguém que correspondesse ao Michael..."

Eu agradeci a Hannah e disse adeus. Quando passava pela porta da saída, o guarda perguntou,
- "A velha senhora pode lhe ajudar?"
- "Pelo menos agora eu tenho um sobrenome. Mas eu acho que vou deixar isto para depois.
Eu passei quase o dia inteiro tentando achar o dono desta carteira".
Quando o guarda viu a carteira, ele disse, - "Ei, espere um minuto! Isto é a carteira do Sr. Goldstein. Eu a reconheceria em qualquer lugar. Ele está sempre perdendo a carteira. Eu devo tê-la achado pelos corredores ao menos três vezes".

- "Quem é Sr. Goldstein?" Eu perguntei com minha mão começando a tremer.
- "Ele é um dos idosos do 8º andar. Isso é a carteira de Mike Goldstein sem dúvida.
Ele deve ter perdido em um de seus passeios".
Agradeci o guarda e corri ao escritório da enfermeira. Lhe falei sobre o que o guarda tinha dito.
Nós voltamos para o elevador e subimos. No oitavo andar, a enfermeira disse, - "Acho que ele ainda está acordado. Ele gosta de ler à noite. Ele é um homem bem velho.
Fomos até o único quarto que ainda tinha luz e havia um homem lendo um livro. A enfermeira foi até ele e perguntou se ele tinha perdido a carteira.
Sr. Goldstein olhou com surpresa, pondo a mão no bolso de trás e disse, - "Oh, está perdida!"
- "Este amável cavalheiro achou uma carteira e nós queremos saber se é sua?"
Entreguei a carteira ao Sr. Goldstein, ele sorriu com alívio e disse, - "Sim, é minha! Devo ter derrubado hoje a tarde.
Eu quero lhe dar uma recompensa".
- "Não, obrigado", eu disse. "Mas eu tenho que lhe contar algo. Eu li a carta na esperança de descobrir o dono da carteira".
O sorriso em seu rosto desapareceu de repente.
- "Você leu a carta?"
"Não só li, como eu acho que sei onde a Hannah está".

Ele ficou pálido de repente.
- "Hannah? Você sabe onde ela está? Como ela está? É ainda tão bonita quanto era? Por favor, por favor me fale", ele implorou.
- "Ela está bem... E bonita da mesma maneira como quando você a conheceu". Eu disse suavemente.
O homem sorriu e perguntou, - "Você pode me falar onde ela está? Quero chamá-la amanhã ".
Ele agarrou minha mão e disse, "Eu estava tão apaixonado por aquela menina que quando aquela carta chegou, minha vida literalmente terminou.
Eu nunca me casei. Eu sempre a amei."
- "Sr. Goldstein", eu disse, "Venha comigo".
Fomos de elevador até o terceiro andar. Atravessamos o corredor até a sala onde Hannah estava assistindo televisão.
A enfermeira caminhou até ela, - "Hannah, " ela disse suavemente, enquanto apontava para Michael que estava esperando comigo na entrada. "Você conhece este homem?"

Ela ajeitou os óculos, olhou um momento, mas não disse uma palavra. Michael disse suavemente, quase em um sussurro, - "Hannah, é o Michael. Lembra-se de mim?"
- "Michael! Eu não acredito nisto! Michael! É você! Meu Michael!"
Ele caminhou lentamente até ela e se abraçaram. A enfermeira e eu partimos com lágrimas rolando em nossas faces.
- "Veja", eu disse. "Veja como o bom Deus trabalha! Se tem que ser, será!".
Aproximadamente três semanas depois eu recebi uma chamada do asilo em meu escritório.
-"Você pode vir no domingo para assistir a um casamento? O Michael e Hannah vão se amarrar"!
Foi um casamento bonito, com todas as pessoas do asilo devidamente vestidos para a celebração.
Hannah usou um vestido bege claro e bonito. Michael usou um terno azul escuro.

O hospital lhes deu o próprio quarto e se você sempre quis ver uma noiva com 76 anos e um noivo com 79 anos agindo como dois adolescentes, você tinha que ver este par.
Um final perfeito para um caso de amor que tinha durado quase 60 anos. 

O Heroi da Vila


Crianças brincavam à sombra de uma figueira e, cansadas, sentaram-se e conversavam sobre coragem em determinadas situações.

- Não tenho medo de nada - falou Clóvis. - Quando crescer quero participar de um safári na África, Não gostaria de fazer o mesmo, Roberto?
- Eu não. Tenho medo de animais selvagens e não sei se poderia vencê-los.
- Ahh!... - exclamou Clóvis, como a dizer: Covarde! E continuou: - Pois apreciaria me ver diante de um leão ou de um grande urso. Liquidava-o...

Refeitos, decidiram seguir para o riacho, a fim de chapinhar na água. Foram. Os lambaris fugiam dos pés a chapinhar de todos os lados. O sol jábaixava, quando o grupo retornava.
Ao atravessar o campo, um ruído diferente fê-los voltar-se para trás. Que horror! Um animal feroz corria para eles, bramindo loucamente.
Roberto tirou a capa vermelha dos ombros de uma garota e gritou para o grupo correr e se proteger além da cerca. Clóvis correu pálido e trêmulo da cabeça aos pés, enquanto Roberto tentava afugentar a fera.
Lançou a capa sobre um arbusto e de um salto mal calculado caiu no precipício, enquanto o animal, enraivecido, pisava a capa furiosamente.

Na queda, Roberto foi parar na beira do riacho, rolando entre pedras e galhos. Ficou sem sentidos, mas a água fria o despertou atordoado.
- Oh!, o meu pé...
Arrastando-se até à beira da estrada, ali tirou o sapato, porque o pé inchara.
- Olá, garoto. O que há com você? Está trêmulo - disse alguém que passava.
- Estou com muita dor... pulei a barroca... machuquei meu pé - disse ele.
Era o fazendeiro que passava. Chamando o motorista, ordenou que levasse o garoto para o hospital, enquanto ele iria avisar os pais.
Os médicos atenderam de imediato. Ficou constatada uma fratura na perna. Quando chegaram seus pais, Roberto já estava acomodado entre alvos lençóis, com a cabeça revestida com ligaduras e dopado pelo anestésico.
Algumas horas se passaram e o menino despertou agítado. Onde estava? Como pesava-lhe o pé! Uma enfermeira entregou-lhe um braçado de flores que lhe foram mandadas pelos amiguinhos.
- Flores para mim? Ora, mas por que razão? - falou Roberto, confuso.
- Porque você é um herói. Salvou a vida dos companheiros!
Roberto viu que, além das flores, havia também frutas, brinquedos e livros. Não conseguia atinar bem com os motivos.
A enfermeira abriu o jornalzinho da vila e deixou que ele mesmo lesse a manchete: "Roberto, o heroi, num ato de bravura salva a vida dos companheiros."
- Ora essa! - ponderou ele. - Eu pensava ser até um covarde... mas sinto-me agora feliz porque os meus amigos foram salvos da fera do zoológico. 

O Viver da Segunda Milha


"Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas"  (Mateus 5:41).

A segunda milha tem uma história fascinante. Se não tirarmos tempo para compreender a história por trás das palavras, perderemos o seu significado. Esta parábola baseia-se num quadro de um país ocupado. O verbo "forçar" vem do grego, aggareuein. O substantivo vem de uma palavra persa, que no antigo sistema postal significava estafeta. As estradas eram divididas em estádios cerca de um dia de distância uns dos outros. No final de cada estádio havia provisão de alimento, água e acomodação para o estafeta.

O costume era que qualquer cidadão e seu cavalo podiam ser forçados a percorrer um estádio. A palavra aggareuein representa tal alistamento compulsório. Através dos anos, a palavra passou a indicar trabalho forçado ou fornecimento de bens pelas pessoas de um país ocupado. As forças de ocupação podiam exigir o serviço dos vencidos mediante a força. Na Palestina, a qualquer instante o judeu podia ser forçado ao serviço. Ele não tinha recurso senão cooperar e cumprir o que lhe exigiam.

O que Jesus parece estar dizendo é que se caminharmos a milha que alguém nos peça, estaremos apenas cumprindo o que é requerido de um país ocupado. Contudo, se com o fardo nas costas indicarmos a disposição de continuar em serviço, causaremos boa impressão nos outros com nossa disposição amorosa. O mínimo necessário não impressiona a Jesus. Ele chama o seu povo para manter o fardo nas costas e prosseguir.

Essa história tem uma implicação prática na questão do
ressentimento. Em vez de nos ressentirmos ao ser forçados ao serviço, Jesus sugere que devemos manifestar amor prático pela pessoa de quem nos ressentimos. Vá além das expectativas. Dê a si mesmo além do seu limite e descobrirá que o segundo fôlego do Espírito Santo estará infundindo vida, energia, amor e perdão.

Cristo nos chama para o viver da segunda milha.
Sorria, Jesus te ama! 

. O Carpinteiro Galileu


Cristo, o carpinteiro galileu...

Não foi médico - e curou todas as enfermidades...
Não foi advogado - e explicou os princípios básicos de toda lei...
Não foi escritor - e inspirou as maiores obras da literatura mundial...
Não foi poeta nem músico - e é a alma de todos os poemas e de toda a música
da vida...
Não foi orador - e é o interprete de todos os corações...
Não foi literato - e escreveu no livro dos séculos a mais bela página...
Não foi artista - e enche de luz os gênios de todos os tempos...
Não foi estadista - e fundou as mais sólidas instituições da sociedade...
Não foi general - e conquistou milhões de almas e países inteiros...
Não foi inventor - e inventou o elixir de perene felicidade...
Não foi descobridor - e descortilhou aos mortais mundos encantados de imortalidade...

Cristo, o carpinteiro galileu...

Diáfano como um cristão - e misterioso como a noite...
Simples como uma criança - e profundo como um filósofo...
Sublime como as excelsitudes de Deus - e amigo das misérias humanas...
Severo como um juiz - e carinhoso como uma mãe...
Terrível como a tempestade - e meigo como a luz solar...
Amigo de madalenas contritas - e inimigo de fariseus impenitentes...
Humilde entre vivas e hosanas - sereno entre "morras" e "crucifiques"...
Cristo, o carpinteiro galileu...
Nós, os mortais, te amamos - porque nos amaste...
Cremos em ti - porque és o caminho, a verdade e a vida...
Em ti esperamos - porque o teu reino não é deste mundo...
Não podemos viver sem ti - porque és a alma da nossa vida e a vida da nossa
alma.
Não podemos lutar sem ti - porque és o sustentado em nossa fraqueza e a vitória
em nossas derrotas...
Não podemos sofrer sem ti - porque és o bálsamo das nossas chagas e a aurora
das nossas noites...
Nada sabemos sem ti - porque és a sede de toda a ciência e sabedoria...
Nada valemos sem ti - porque és o único fator positivo no meio dos nossos zeros...
Intolerável nos é o mundo sem ti - porque intolerável nos é o próprio eu...
Contigo nos é fácil todo o difícil - porque suave é o teu jugo e leve o teu
peso...
Somos infelizes sem ti - porque inquieto está nosso coração até que descanse
em ti...
Por ti vivemos e por ti queremos morrer - porque és a ressurreição e a vida
eterna...
Cristo - carpinteiro galileu...
Cristo - filho de Deus...
Cristo - rei imortal dos séculos... 

A Bomba Da água


Contam que um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede.
Foi quando ele chegou a uma casinha velha - uma cabana desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo.
O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico.
Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou a bombear sem parar.
Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado:
"Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir."
O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água.
A garrafa estava quase cheia de água!
De repente, ele se viu em um dilema: Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa... mas talvez isso não desse certo.
Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida?
Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando?
Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba começou a chiar. E nada aconteceu!
E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundância!
A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina.
Ele encheu a garrafa e bebeu dela até se fartar. Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: "Creia-me, funciona!
Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"

Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história:

1. Nenhum esforço que você faça será valido, se ele for feito da forma errada. Você pode passar sua vida toda tentando bombear algo quando alguém já tem reservado a solução para você.
Preste atenção a sua volta! Deus está sempre pronto a suprir sua necessidade!

2. Ouça atentamente o que Deus tem a te dizer através da Bíblia e confie.
Como esse homem, nós temos as instruções por escrito à nossa disposição. Basta usar.

3. Saiba olhar adiante e compartilhar! Aquele homem poderia ter se fartado e ter se esquecido de que outras pessoas que precisassem da água pudessem passar por ali.
Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo.
Se preocupe com quem está próximo de você, lembre-se: você só poderá obter água se a der antes.
Cultive seus relacionamentos, dê o melhor de si! 

A mais bela flor

O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho.

Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar.

E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:

- "Veja o que encontrei".

Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.

Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei.

Mas ao invés de recuar ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:

- "O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei; ei-la, é sua."

A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.

Então me estendi para pegá-la e respondi:

- O que eu precisava...

Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.

Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.

- "De nada", ele sorriu.

E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia. Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho.

Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente?

Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.

E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu. E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade. 

O Pintinho


Eu tinha dez anos quando encontrei, entre minhas colegas, a primeira amiga de verdade.
Nossa camaradagem tornou-se a coisa mais importante para mim.
Entretanto, eu era de natureza exclusivista e me sentia violentamente enciumada sempre que ela manifestava interesse por alguma coisa que nada tivesse a ver comigo.
Mamãe compreendeu o que estava ocorrendo.
Um dia ela chamou-me para ver uma ninhada de pintinhos que havia acabado de sair do ovo. Fiquei encantada.
Eram umas coisinhas lindas, feitas de suave veludo cor-de-ouro.
Em meu entusiasmo, colhi um deles na mão. Mas apertei-o com tanta força, que por um pouco, não o sufoquei.
Ele, naturalmente lutou para escapar até que, desvencilhando-se, correu para longe de mim.
Mamãe notou o meu desapontamento e disse:
- Pegue um outro, mas procure segurá-lo suavemente. Se você o prender com muita força, por instinto, ele vai querer fugir.
Fiz uma segunda tentativa e o pintinho aninhou-se quietinho na palma de minha mão.
Senti-me muito feliz e sorri para mamãe. Foi quando ela me disse:
- Sabe, meu bem, as pessoas, neste mundo, são como esses pintinhos. Quando agarramos com muita força aqueles que amamos, tentando aprisioná-los em nossa mão, eles, naturalmente, não se sentem bem.
E lutam por readquirir a liberdade, como fez o primeiro pintinho que você pegou.
Mas se os colocamos na palma da mão, sem fechar os dedos, de modo que sintam apenas o nosso calor, percebem logo que não desejamos aprisioná-los, pelo contrário, apenas aquecê-los com um pouco de nós mesmos, sem a pretensão de exigir-lhes nada.
Foi o que sucedeu com o segundo pintinho.
Aquilo me impressionou muito e guardei a lição.
Não quero dizer que deixei de sentir ciúmes, pois isso faz parte da natureza humana.
Todavia quando o exclusivismo fala mais alto em meu espírito, controlo-me mentalizando a figura daquele pintinho na palma da minha mão.
Foi assim que aprendi a manter junto de mim aqueles que, pensando seriamente, desejo que permaneçam perto do meu coração... 

O homem que fumou a Bíblia


"Se você me der esse Novo Testamento, vou enrolar as páginas dele e usá-las para fazer cigarros!" foi o que disse um desconhecido a Gaylord Kambaroni da Sociedade Bíblica do Zimbabwe, na África.
"Está bem, respondeu Gaylord, contanto que você leia cada uma das páginas antes de fumá-las.
O homem concordou, e levou o Novo Testamento.
Anos depois, Gaylord, foi participar de uma convenção no Zimbabwe.
Sentado no auditório, ficou muito surpreso quando o orador apontou para ele lá da frente e disse: aquele homem não se lembra de mim, mas há quinze anos atrás ele me deu um Novo Testamento, apesar de eu lhe ter dito que eu ia usar as paginas para fazer cigarros.
Fumei Mateus, Marcos e Lucas, mas quando li João 3.16, tive de parar. Minha vida se transformou naquele momento.
Hoje, esse homem é evangelista e dedica sua vida a Jesus Cristo. 

Vida Prolongada


A mamãe gata, segundo a fábula, estava muito feliz com a chegada de mais
quatro gatinhos.
Bem instalada no porão do velho sobrado, ela não media esforços, no sentido de atender a tempo todas as necessidades dos seus filhotes.
Assim é que eles se desenvolveram fortes e saudáveis.
Em pouco tempo, já arriscavam suas voltinhas ao longo do imenso quintal, cercado por um muro largo e resistente.
Sempre cautelosa, a mãe espreitava qualquer investida do cão de guarda, que teimava em perseguir os gatinhos.
À medida que o tempo passava, os quatro gatinhos também iam se tornando
independentes e cada vez mais hábeis.
Já providenciavam a sua própria alimentação e nunca encontravam dificuldades nessa busca, pois que as sobras da cozinha do sobrado eram fartas.
Certa tarde, depois de um rápido temporal de verão, o sol voltou a brilhar.
Aproveitando o tempo agradável, os gatinhos puseram-se a correr pelo quintal.
Entusiasmados com a brincadeira agradável, eles foram mais longe:
subiam por uma escada de madeira e, do seu último degrau, saltavam sobre o
muro e de lá, por fim, pulavam para o gramado do quintal.
No auge dessa brincadeira, eles perceberam que um velho gato caminhava
lentamente sobre o alto muro, tentando encontrar um lugar mais baixo, de
onde ele pudesse saltar, sem perigo, para o interior do grande quintal.
Andava indeciso de um lado para outro, sem coragem para arriscar o salto.
Intrigados com tamanha indecisão, os quatro gatinhos gritaram em coro,
chamando a atenção do vovô gato:
- Pode pular sem medo, vovô. Já se esqueceu que nós gatos temos sete vidas?
O velho gato, parando no lugar onde estava, voltou-se para os gatinhos
peraltas, respondendo com certa tristeza:
- Como poderia esquecer-me disso? A cada momento essa lembrança me vem à
mente e tardiamente me arrependo de haver me autodestruído tão estupidamente. Quando eu era jovem como vocês, consumi sem necessidade seis dos meus sete fôlegos e agora, velho, doente e cansado preciso preservar a única vida que ainda me resta...

Causa-nos pena ver como a nossa gente jovem destrói a própria vida
na dissolução, nos vícios e nos prazeres efêmeros.
Na ânsia desenfreada de aproveitar a vida em toda a sua abrangência, deixam de pensar no futuro.
É por isso que suas vidas são abreviadas ou, pelo menos, sem brilho, sem motivação e sem gratas lembranças.
Reflitam! 

O Jovem e a Estrela do mar


Certa vez, um homem sábio fazia um passeio pela praia ao amanhecer, avistou ao longe, um jovem rapaz que parecia dançar ao longo das ondas.
Ao se aproximar, percebeu que o moço pegava estrelas do mar que estavam na areia e as atirava suavemente de volta para água... então o homem lhe perguntou:
- O que você está fazendo?
No que o jovem rapaz respondeu: - O Sol está subindo e a maré baixando; se eu não devolver estas estrelas ao mar, elas irão morrer.
- Mas meu caro jovem... há quilômetros de praias cobertas de estrelas do mar... Você não vai conseguir fazer qualquer diferença.

O jovem se curvou, pegou mais uma estrela do mar, e atirou-a carinhosamente de volta ao oceano, além da arrebentação das ondas, e retrucou:
-Para essa estrela do mar, eu fiz a diferença.


A atitude daquele jovem representa alguma coisa de especial que existe em
cada um de nós. A capacidade de fazer a diferença. 

A Força do Perdão


Um certo beduíno estava dentro da sua tenda ao sol da Palestina quando entrou correndo um garoto adolescente, que se refugiou atrás dele, chorando e grunhindo.
Logo em seguida chegou uma turba alvoroçada, empunhando cacetes e facas. Abriram a portinha da tenda e disseram ao beduíno: "Dá-nos este menino porque ele é um assassino".
O beduíno respondeu: "Mas há uma lei entre nós que diz que quando um assassino se refugia numa tenda e o dono da tenda lhe der abrigo e guarida, ele está absolvido.
Eu me compadeci deste garoto, quero perdoar-lhe". E o garoto tremia... Mas eles disseram: "Você quer perdoá-lo porque não sabe o que ele fez e nem a quem matou".
O beduíno falou: "Não importa, eu quero perdoá-lo". Os homens então afirmaram: "Ele matou seu filho. Vá ver o corpo dele sangrando na areia ali fora".
O beduíno caiu num profundo silêncio, depois, enxugando as lágrimas, disse: "Então eu vou criá-lo como se fosse o meu filho a quem ele matou".

Este é o padrão do perdão divino para nós. 

NEOQEAV

Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar.
A regra do jogo era que um tinha que escrever a palavra "Neoqeav" num lugar inesperado para o outro encontrar e assim quem a encontrasse deveria escrevê-la em outro lugar e assim sucessivamente.
Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que um a encontrava era sua vez de escondê-la em outro local para o outro achar.
Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar dentro do açucareiro ou no pote de farinha para que o próximo que fosse cozinhar a achasse.
Escreviam na janela embaçada pelo sereno que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim que ela fazia com tanto carinho.
"Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho.
Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha e enrolou tudo de novo.
Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir. Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.
Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros. "Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras e nas cinzas da lareira.
Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós quanto da mobília. Levou bastante tempo para eu passar a entender e gostar completamente deste jogo que eles jogavam.
Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro.
Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós. Este amor era profundo. Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida.
Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar.
O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.
Roubavam beijos um do outro sempre que se batiam um contra outro naquela cozinha tão pequena.
Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro e todo dia resolviam juntos as palavras cruzadas do jornal.
Minha avó cochichava para mim dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso.
Ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos. Antes de cada refeição eles se reverenciavam e davam graças a Deus e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte.

Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama.
A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.
Como sempre, vovô estava com ela a cada momento. Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair.
O câncer agora estava de novo atacando seu corpo. Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã. E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa.
Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa.
Então, o que todos nós temíamos aconteceu. Vovó partiu. "Neoqeav" foi gravada em amarelo nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores do funeral da vovó.
Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez.
Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser.
Me sentindo muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilo representava.

Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando: "Mas o que Neoqeav significa?". Não está?
Nunca Esqueça O Quanto Eu Amo Você = "NEOQEAV".

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Envelhecer


No primeiro dia na Universidade, nosso professor se apresentou e nos pediu que procurássemos conhecer alguém que não conhecíamos ainda.
Fiquei de pé e olhei ao meu redor, quando uma mão me tocou suavemente no ombro.
Dei uma volta e me encontrei com uma velhinha enrugada cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.

- Oi, gato. meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso te dar um abraço?
Ri e lhe respondi com entusiasmo:
- Claro que pode!
Ela me deu um abraço muito forte.
- Por que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem, tão inocente? - perguntei.

Rindo respondeu:
- Estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo me aposentar e viajar.'
- Eu falo sério - disse eu. Queria saber o que a tinha motivado a afrontar esse desafio na sua idade.
- Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter! - me disse.

Depois das classes caminhamos ao edifício da associação de estudantes e compartilhamos uma batida de chocolate. Nos fizemos amigos em seguida.
Todos os dias durante os três meses seguintes saiamos juntos da classe e falávamos sem parar.
Me fascinava escutar a esta "máquina do tempo". Ela compartilhava sua sabedoria e experiência comigo.
Durante esse ano, Rose se fez muito popular na Universidade; fazia amizades aonde ia. Gostava de vestir-se bem e se deleitava com a atenção que recebia dos outros estudantes. Desfrutava muito.

Ao terminar o semestre convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Não esquecerei nunca o que ela nos ensinou nessa oportunidade. Logo que a apresentaram, subiu ao pódio.
Quando começou a pronunciar o discurso que tinha preparado de antemão, caíram no chão os cartões onde tinha os apontamentos.
Frustrada e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
- Desculpem que esteja tão nervosa. Deixei de tomar cerveja por quaresma e este whisky me está matando! Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem, assim, permitam-me simplesmente dizer-lhes o que sei.

Enquanto nós riamos, ela aclarou a garganta e começou:

- "Não deixemos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar.
"Há só quatro segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar. Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias. Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.
"Há tantas pessoas caminhando por ai que estão mortas e nem sequer sabem!'
"Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam na cama um ano inteiro sem fazer nada produtivo se converterão em pessoas de vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e fico na cama por um ano sem fazer nada terei oitenta e oito anos.
"Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é que amadurecemos encontrando sempre a oportunidade na mudança'.
"Não me arrependo de nada. Nós velhos geralmente não nos arrependemos do que fizemos senão do que não fizemos. Os únicos que temem a morte são os que têm remorso."

Terminou seu discurso cantando A ROSA. Nos pediu que estudássemos a letra da canção e a colocássemos em prática em nossa vida diária.
Rose terminou seus estudos. Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranqüilamente enquanto dormia.
Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou com seu exemplo que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode ser.

"NÃO ESQUEÇAM QUE ENVELHECER É OBRIGATORIO; AMADURECER É OPCIONAL".

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Macaquinho


Um homem que tempos atrás encontrara-se com um amigo, que se queixara muito da vida, pois tinha acabado de ser abandonado pela mulher e estava indo mal nos negócios, dizendo viver um verdadeiro inferno, um certo dia encontra-se com esse mesmo amigo, que aparenta estar completamente curado: o desespero cedeu lugar a felicidade.

Ante a surpresa deste amigo com tão radical mudança, revelou-lhe que sua vida tinha dado uma guinada de 180 graus e estava uma verdadeira maravilha, tudo por conta de uma macaquinho que comprara.

Disse ele ao amigo: - Minha vida é uma maravilha, e tudo por causa de uma macaquinho que comprei.
Imagine você que de manhã quem me acorda é o macaquinho, carinhosamente e com muitas brincadeiras, enquanto estou no banho o macaquinho me prepara um baita de um café, abre o jornal na parte em que eu gosto de ler, e vou trabalhar feliz da vida; enquanto estou no trabalho o macaquinho arruma a casa, lava e passa minhas roupas e prepara um belo almoço; quando eu retorno a noite o macaquinho já preparou um delicioso jantar.

Ele muito bem relacionado no prédio e toda noite o meu apartamento está cheio de lindas mulheres.

O amigo ficou maravilhado: - Que vida! Que vida! Dizia com empolgação.

Tempos depois esse mesmo amigo procura pelo dono do macaquinho, queixando-se de sua própria vida.
Era ele agora que havia sido abandonado pela mulher e estava vivendo um inferno em sua vida.

Então pediu ao amigo do dono do macaquinho: Me faz um favor amigão, me empresta o macaquinho...

- Você está louco, emprestar meu macaquinho, o responsável pela espetacular mudança da minha vida, por toda minha felicidade...

- Me empresta vai... estou precisando... - Me aluga então vai...

- Que alugar que nada... pode esquecer...

- Me venda então o macaquinho... eu pago!

- Vender por quanto homem?... Meu macaquinho não tem preço...

- Você sabe eu sou muito rico... eu pago qualquer coisa...pago até US$ 1 milhão pelo macaquinho...

O dono do macaquinho fica por um instante em silêncio, parecendo relutar em vender o macaquinho, até que diz ao amigo:

- Olha ... não é pelo dinheiro não... mas agora eu percebi que você está mesmo desesperado e só o meu macaquinho para salvá-lo... eu vou aceitar o dinheiro mas esteja certo que só uma grande amizade me faz vender meu querido macaquinho a você!

Dois dias depois o amigo liga indignado: Seu ordinário, você me enganou, o macaquinho não faz nada daquilo que você falou... ele só sabe quebrar as copisas dentro de casa e ficar fazendo cocô pelos cantos... esse macaquinho é uma fraude, uma porcaria.

Ao que respondeu o amigo:

Olha amigo... tome cuidado... se continuar falando mal assim dele você não vai conseguir vender o macaquinho...

O mundo tem vendido macaquinhos como estes. Tudo que é oferecido pelo mundo tem uma boa aparência mas, depois que nos envolvemos a realidade é outra, aí já é tarde. 

O visitante


Em uma cidade dos Estados Unidos, durante um dia de inverno com muita neve e frio, Ruth foi à sua caixa de correio, em frente de casa, verificar se tinha alguma correspondência.
Havia somente uma carta.
Ela tomou a mesma e observou que não havia nem selo nem qualquer outro carimbo do correio.
Abriu o envelope e leu a carta:
"Querida Ruth:
Deverei estar na sua vizinhança no sábado à tarde e gostaria de visitá-la.
Com amor Jesus"
Com as mãos trêmulas ela colocou a carta em cima da mesa.
"Por que iria Jesus visitar-me?
Eu não sou ninguém especial.
Eu não tenho nada para oferecer.
"Com esse pensamento, Ruth lembrou de sua cozinha com armários vazios.
"Oh meu Deus, eu realmente, não tenho nada para oferecer.
Eu tenho que correr para o supermercado e comprar alguma coisa para o jantar"
Ela procurou em sua bolsa e viu que continha somente cinco dólares e quarenta centavos.
"Bem, pelo menos eu posso comprar um pouco de pão e alguns frios."
Ela vestiu seu sobretudo e correu para as compras.
Alguns pães franceses, 250 gramas de peito de peru fatiado e uma caixinha de leite ... deixaram Ruth com apenas 12 centavos.
Apesar de tudo, ela se sentiu bem voltando para casa com aquela miserável oferenda debaixo de seus braços.
No caminho, uma voz:
"Ei senhora, você pode nos ajudar?"
Ruth estava tão absorvida em seus planos para o jantar que nem notou duas figuras aconchegadas uma à outra na alameda.
Um homem e uma mulher, ambos vestidos em não mais que uns farrapos.
"Olhe senhora, eu estou desempregado, sabe, e minha mulher e eu estamos vivendo ao relento, e o tempo está tornando-se muito frio e estamos sentindo muita fome, se a senhora pudesse nos ajudar nós ficaríamos realmente felizes."
Ruth olhou para os dois.
Eles estavam sujos e cheiravam mal e, francamente, ela estava certa que eles poderiam conseguir algum tipo de trabalho se, realmente, quisessem.
"Senhor, eu gostaria de ajudá-los mas eu sou uma pobre mulher.
Tudo o que eu tenho é um pouco de frios fatiados e um pouco de pão, e eu tenho uma visita muito importante para o jantar esta noite, e estava planejando servir isto para Ele."
"Sim.
Está certo senhora, eu compreendo.
De qualquer forma muito obrigado."
O homem colocou suas mãos nos ombros da companheira e seguiram em frente.
Olhando-os partir, Ruth sentiu uma dor familiar em seu coração: "Espere, senhor"
O casal parou e virou para ela, que corria para eles.
"Olhe, por que você não fica com este alimento?
Eu arranjo outra coisa para servir meu convidado."
Ela deu ao homem sua sacola de supermercado.
"Obrigado senhora. Muito obrigado."
"Sim, muito obrigado" disse a esposa.
Ruth percebeu que ela estava tiritando de frio.
"Sabe, eu tenho outro sobretudo em casa.
Aqui está este para você."
Desabotoou o casaco e jogou-o sobre os ombros da mulher.
Então, sorrindo, voltou-se e foi embora alameda abaixo, sem seu casaco e sem os alimentos para servir seu convidado.
"Obrigado senhora, muito obrigado mesmo"
Ruth estava congelada sem seu casaco e muito preocupada.
O Senhor estava chegando para visitá-la e ela não tinha nada para lhe oferecer.
Ela remexeu em sua bolsa para achar a chave de casa mas percebeu que havia outro envelope em sua caixa de correio.
"Isto é estranho.
O carteiro não costuma vir duas vezes no mesmo dia".
Ela pegou o envelope e abriu-o.
"Querida Ruth:
Foi tão bom vê-la novamente.
Obrigado pela adorável comida.
E obrigado, também, pelo maravilhoso casaco.
Com amor, sempre.
Jesus"
O ar estava ainda frio, mas mesmo sem casaco, Ruth não notou. 

Amor


"Numa sala de aula haviam várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora:
- Professora, o que é o amor?
A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera.
Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas e ao voltarem a professora disse:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
A primeira criança disse:
- Eu trouxe esta flor, não é linda?
A segunda criança falou:
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la
em minha coleção.
A terceira criança completou:
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha?
E assim as crianças foram se colocando.
Terminada a exposição a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido.
A professora se dirigiu a ela e perguntou:
- Meu bem, porque você nada trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo.
Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.
Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho.
Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho.
Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração." 

Acreditar e Agir


Um viajante ia caminhando em solo distante, as margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a outra margem.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem coberto de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
Logo seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pode observar que se tratava de duas palavras, num deles estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro AGIR.
Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro respondeu pegando o remo chamado ACREDITAR e remando com toda força.
O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava.
Em seguida, pegou o remo AGIR e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, a outra margem.
Então o barqueiro disse ao viajante:
- Esse porto se chama autoconfiança.
Simultaneamente é preciso ACREDITAR e também AGIR para que possamos alcançá-la! 

Persistência


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as próprias jóias da esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não! Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o chamavam de "visionário". O homem fica chateado? Não! Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele.

Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas, um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d'água e o homem desiste? Não!

Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entre em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas".

A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria da automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Portanto, se você, como infelizmente tem acontecido com muitas pessoas, adquiriu a mania de viver reclamando, pare com isso! Vá em frente.

Sempre. 

Canção da Vida


Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada.
Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe.
Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.
A gravidez se desenvolveu normalmente. No tempo certo, vieram as contrações.
Primeiro, a cada cinco minutos; depois a cada três; então, a cada minuto uma contração.
Entretanto, surgiram algumas complicações e o trabalho de parto de Karen demorou horas.
Todos discutiam a necessidade provável de uma cesariana. Até que, enfim, depois de muito tempo, a irmãzinha de Michael nasceu.
Só que ela estava muito mal. Com a sirene no último volume, a ambulância levou a recém-nascida para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary.
Os dias passaram. A menininha piorava. O médico disse aos pais: "Preparem-se para o pior. Há poucas esperanças".
Karen e seu marido começaram, então, os preparativos para o funeral.
Alguns dias atrás estavam arrumando o quarto para esperar pelo novo bebê.
Hoje, os planos eram outros. Enquanto isso, Michael todos os dias pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha.
"Eu quero cantar pra ela", ele dizia.
A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela.
Michael continuava insistindo com seus pais para que o deixassem cantar para sua irmã, mas crianças não eram permitidas na UTI.
Entretanto, Karen decidiu, ela levaria Michael ao hospital de qualquer jeito.
Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.
Ela vestiu Michael com uma roupa um pouco maior, para disfarçar a idade e rumou para o hospital.
A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insistiu: "Ele não irá embora té que veja a sua irmãzinha!"
Ela levou Michael até a incubadora. Ele olhou para aquela trouxinha de gente que perdia a batalha pela vida.
Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz pequenininha: "Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro..."
Nesse momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou.
Karen encorajou Michael a continuar cantando. "Você não sabe, querida, quanto eu te amo. Por favor, não leve o meu sol embora..."
Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave. "Continue, querido!", pediu Karen, emocionada.
"Outra noite, querida, eu sonhei que você estava em meus braços..." O bebê começou a relaxar. "Cante mais um pouco, Michael".
A enfermeira começou a chorar.
"Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro... Por favor, não leve o meu sol embora..."
No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.
O Woman's Day Magazine chamou essa história de "O milagre da canção de um irmão".
Os médicos chamaram simplesmente de milagre. Karen chamou de milagre do amor de Deus.


NUNCA ABANDONE AQUELE QUE VOCÊ AMA.
O AMOR É INCRIVELMENTE PODEROSO. 

O Filho


Um homem muito rico e seu filho tinham grande paixão pela arte.
Tinham de tudo em sua coleção, desde Picasso até Rafael.
Muito unidos, se sentavam juntos para admirar as grandes obras de arte.
Por uma desgraça do destino, seu filho foi para guerra.
Foi muito valente, e morreu na batalha, quando resgatava outro soldado.
O pai recebeu a notícia esofreu profundamente a morte de seu único filho.
Um mês mais tarde, justo antes do natal, alguém bateu na porta... Um jovem com uma grande tela em suas mãos disse ao pai:
"Senhor você não me conhece, mas eu sou o soldado por quem seu filho deu a vida, ele salvou muitas vidas nesse dia, e estava me levando a um lugar seguro quando uma bala lhe atravessou o peito, morrendo assim, instantâneamente.
Ele falava muito do senhor e de seu amor pela arte".
E o rapaz estendeu os braços para entregar a tela: "Eu sei que não é muito, e eu também não sou um grande artista, mas sei também que seu filho gostaria que voc recebesse isto".
O pai abriu a tela. Era um retrato de seu filho, pintado pelo jovem soldado. Ele olhou com profunda admiração a maneira em que o soldado havia capturado a personalidade de seu filho na pintura.
O pai estava tão atraído pela expressão dos olhos de seu filho, que seus próprios olhos se encheram de lágrimas.
Ele agradeceu ao jovem soldado, e ofereceu pagar-lhe pela pintura.
"Não, senhor, eu nunca poderia pagar-lhe o que seu filho fez por mim, essa pintura é um presente".
O pai colocou a tela a frente de suas grandes obras de arte, cada vez que alguém visitava sua casa, ele mostrava o retrato do filho, antes de mostrar sua famosa galeria.
O homem morreu alguns meses mais tarde, e se anunciou um leilão de todas as suas obras de arte.
Muita gente importante e influente , com grandes espectativas de comprar verdadeiras obras de arte. Em exposição estava o retrato do filho.
O leiloador bateu seu martelo para dar início ao leilão. Começaremos o leilão com o retrato "O FILHO". Quem oferece por este quadro?
Um grande silêncio...Então um grito do fundo da sala: "Queremos ver as pinturas famosas!!!", Esqueça - se desta!!!!.
O leiloador insistiu...Alguém oferece algo por essa pintura?? $100? $200?
Mais uma vez outra voz: "Não viemos por esta pintura!,
Viemos por Van Goghs, Picasso,..Vamos as ofertas de verdade...
Mesmo assim o leiloador continuou...O FILHO!!! O FILHO!!!
Quem leva o filho?Finalmente, uma voz : Eu dou $10 pela pintura, Era o velho jardineiro da casa. Sendo um homem muito pobre, e esse era o único dinheiro que podia oferecer.
Temos $10! quem dá $20? gritou o leiloador. As pessoas já estavam irritadas, não queriam a pintura do filho,queriam as que realmente eram valiosas,para completarem sua coleção.
Então o leiloador bateu o martelo, Dou-lhe uma, dou-lhe duas , vendida por $10!!! - Agora vamos começar com a coleção!!, gritou um.
O leiloador soltou seu martelo e disse: Sinto muito damas e cavalheiros, mas o leilão chegou ao seu final.
Mas, e as pinturas? disse os interessados. Eu sinto muito ,disse o leiloador, quando me chamaram para fazer o leilão, havia um segredo estipulado no testamento do dono.
Não seria permitido revelar esse segredo até esse exato momento.
Somente o pintura o filho seria leiloada; aquele que a comprasse, herdaria absolutamente todas as posses deste homem inclusive as famosas pinturas.
O homem que comprou O FILHO fica com tudo!....

Reflexão: Deus nos entregou seu filho, que morreu numa cruz a 2000 anos.
Assim ,como o leiloador ,a mensagem hoje é O FILHO, quem ama O Filho tem tudo. 

Esta Harpa Foi Fabricada Por Mim


Um velho músico em decadência, sozinho e doente, teve de vender a sua harpa para mitigar a fome de alguns dias.
De pequenos expedientes que as últimas forças lhe permitiam, ia arrastando a sua triste existência.
Agora, próximo às comemorações do Natal, ele meditava no seu quarto frio.
A fome o impeliu para a rua em busca de mais uma ajuda. Agasalhou-se como pôde, e saiu.

Uma casa iluminada o animou a pedir auxílio. Bateu e foi atendido por um cavalheiro que se condoeu do seu triste estado.
Fê-lo participar da mesa e arrumou uma cama para ele no quarto onde guardava os trastes.
No dia seguinte, muito cedo, os moradores daquela casa ouviram acordes maravilhosos ao som de harpa.
O dono da casa desceu e encontrou o velhinho dedilhando o instrumento, tirando aquele som maravilhoso.
O homem ficou admirado:
- Como o senhor pode tirar sons tão agradáveis desse instrumento?
O velhinho tinha lágrimas nos olhos. Fitou o anfitrião:
- Ah! meu senhor! Este instrumento não tem nenhum segredo para mim. Fui músico em minha mocidade. Eu mesmo construía os meus instrumentos.
Esta harpa, reconheço-a, foi feita por mim.

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento"

Você pode fazer a Diferença


Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo.
A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.
A Sra. Teresa deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa. A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático.
Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.
Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do quarto ano escreveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A Sra. Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada.
Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.
Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Ricardo lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Tereza chorou por longo tempo...
Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Tereza recebeu uma notícia em que Ricardo lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.
Mas a história não terminou aqui. A Sra. Tereza recebeu outra carta, em que Ricardo a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.
Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
- Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.
Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho:
- Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.
Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do ser humano.
Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença... 

Diálogo com Deus


CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui.
CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!
CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Aí, você chamou de novo.
CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?
CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?
CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.
CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?
CRISTÃO: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.
CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim
na terra como no céu..."
DEUS: Está falando sério?
CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?
CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?
CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!
DEUS: Não foi isso que Eu perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à Mim?
CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.
CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos Eu e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.
CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!
CRISTÃO: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
DEUS: E o seu irmão desprezado?
CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?
CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.
CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei.
CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!
CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?
CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...
CRISTÃO: "E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Ótimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.
CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!
CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.
CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de
novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!
CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdôo! Sempre perdôo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.
CRISTÃO: Terminar? Há, sim, "Amém!"
DEUS: O que quer dizer amém?
CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! quer dizer: assim seja, concordo com tudo que rezei.
CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençôo-te e fica com minha paz!
CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo. 

Persistência


Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios, empenha as próprias jóias da esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, dizem-lhe que seu produto não atende ao padrão de qualidade exigido. O homem desiste? Não! Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da maior gozação dos seus colegas e de alguns professores que o chamavam de "visionário". O homem fica chateado? Não! Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele.

Durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela é destruída. O homem se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas, um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d'água e o homem desiste? Não!

Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família. Ele entre em pânico e desiste? Não! Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas".

A demanda por motores aumenta muito e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.

Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria da automobilística japonesa, conhecida e respeitada no mundo inteiro. Tudo porque o Sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Portanto, se você, como infelizmente tem acontecido com muitas pessoas, adquiriu a mania de viver reclamando, pare com isso! Vá em frente.

Sempre. 

A árvore dos problemas


Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a
arrumar algumas coisas na sua fazenda.
O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil.
O pneu da seu carro furou, fazendo com que ele deixasse de ganhar uma hora
de trabalho; a sua serra elétrica quebrou; e aí ele cortou o dedo; e finalmente, no final do dia, o seu carro não funcionou.
O homem que contratou o carpinteiro ofereceu uma carona para casa, e durante o caminho, o carpinteiro não falou nada.
Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família.
Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o
carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas
dos galhos com as duas mãos.
Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se.
Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele
abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.
Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro.
Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou pôr que ele havia
tocado na planta antes de entrar em casa.
Ah! esta é a minha planta dos problemas.
Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa.
Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em
casa, e os pego no dia seguinte.
E você quer saber de uma coisa?
Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são
nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior. 

Escolhas da Vida


João era o tipo do cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.
Quando alguém lhe perguntava como ele estava, a resposta seria algo:
- Se melhorar estraga.
Ele era um gerente especial pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato.
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
- Você não pode ser uma pessoa tão positiva todo o tempo. Como você faz isso?
Ele me respondeu:
- A cada manhã ao acordar digo para mim mesmo: João, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor.
Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo.
Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
- Certo, mas não é fácil - argumentei.
- É fácil - disse-me João.
- A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, toda a situação sempre há uma escolha.
Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor.
É sua a escolha de como viver a sua vida.
Eu pensei sobre o que João disse, e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde soube que João cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã, foi rendido por assaltantes.
Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.
Encontrei João mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu:
- Se melhorar estraga.
Contou-me o que havia acontecido perguntando:
- Quer ver minhas cicatrizes?
Recusei ver seus antigos ferimentos mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
- A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás - respondeu
- Então deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver.
- Você não estava com medo? - perguntei.
- Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado.
Em seus lábios eu lia: "este aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.
- O que fez? - perguntei.
- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim".
Todos pararam para ouvir a minha resposta: Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!"
Entre as risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não morto.
João sobreviveu graças a persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude. Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente.


Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO". 

A Raiz dos erros


Um feiticeiro africano conduz seu aprendiz pela floresta.
Embora mais velho, caminha com agilidade, enquanto seu aprendiz escorrega e cai a todo instante.
O aprendiz blasfema, levanta-se, cospe no chão traiçoeiro, e continua a acompanhar seu mestre.
Depois de longa caminhada, chegam a um lugar sagrado.
Sem parar, o feiticeiro dá meia volta e começa a viagem de volta.
- Você não me ensinou nada hoje - diz o aprendiz, levando mais um tombo.
- Ensinei sim, mas você parece que não aprende - responde o feiticeiro.
- Estou tentando lhe ensinar como se lida com os erros da vida.
- E como lidar com eles?
- Como deveria lidar com seus tombos - responde o feiticeiro.
- Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que te fez escorregar.
Devemos procurar a raiz de nossos erros e levantarmos com sabedoria e força. 

Presentinho....


Há certo tempo atrás, um homem castigou sua filhinha de 3 anos por desperdicar um rolo de papel de presente dourado. O dinheiro andava escasso naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina envolvendo uma caixinha com aquele papel dourado e colocá-la debaixo da árvore de Natal. Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menininha levou o presente a seu pai e disse: "Isto é para você, paizinho!". Ele sentiu-se envergonhado da sua furiosa reação, mas voltou a "explodir" quando viu que a caixa estava vazia.
Gritou, dizendo: "Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?" A pequena menina olhou para cima com lágrima nos olhos e disse: "Oh, Paizinho, não está vazia. Eu soprei beijos dentro da caixa. Todos para você, Papai." O pai quase morreu de vergonha, abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse.
Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos e sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.
De uma forma simples, mas sensivel, cada um de nós, humanos, temos recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional e beijos de nossos pais, filhos, irmãos e amigos......
Ninguém poderá ter uma propriedade ou posse mais bonita que esta. 

O Amor de um Pai


Havia um homem muito rico, possuia muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados a seu serviço.
Tinha ele um único filho, um único herdeiro que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem compromissos. O que ele mais gostava era fazer festas e estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.

Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer.
Depois, o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai lhe retiam os ouvidos e logo se ausentava sem dar o mínimo de atenção.

Um dia, o velho pai já avançava na idade e disse aos seus empregados para construirem um pequeno celeiro e dentro dele, ele mesmo fez uma forca e junto a ela, uma placa com os dizeres:

"PARA VOCÊ NUNCA MAIS DESPREZAR AS PALAVRAS DE TEU PAI"
Mais tarde, chamou o filho e o levou até o celeiro e lhe disse:

- Meu filho, eu já estou velho e, quando eu partir, você tomará conta de tudo o que é meu e, eu sei qual será o teu futuro.
Você vai deixar a fazendo nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro. Com teus amigos, irá vender os animais e os bens para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro, teus amigos vão se afastar de você e, quando você então não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter me dado ouvidos.
Foi por isto que eu construi esta forca. Ela é para você e quero que você me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcará nela.

O jovem riu, achou um absurdo mas, para não contrariar o pai, prometeu e pensou que jamais isso pudesse ocorrer.

O tempo passou, o pai morreu e seu filho tomou conta de tudo mas, assim como seu pai havia previsto, o jovem gastou tudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.

Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo.
Lembrou-se das palavras de seu pai e começou a chorar e dizer:

- Àh, meu pai... Se eu tivesse ouvido os teus conselhos... mas agora é tarde e, tarde demais.

Pesaroso, o jovem se levantou os olhos e, longe, avistou o pequeno celeiro.
Era a única coisa que lhe restava. A passos lentos, se dirigiu até lá e entrando, viu a forca e a placa empoeirada e pensou:

- Eu nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo mas, pelo menos desta vez, farei a vontade dele.
Vou cumprir a minha promessa. Não me resta mais nada...

Então ele subiu nos degraus nos degraus e colocou a corda no pescoço e pensou:
- Ah, seu eu tivesse uma nova chance...
Então se jogou do alto dos degraus e, por um instante, sentiu a corda apertar a sua garganta... era o fim...
... mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmentee o rapaz caiu no chão.
E sobre ele, cairam jóias, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras e brilhantes, muitos brilhantes... a forca estave cheia de pedras preciosas e um bilhete caiu então...

- Esta é a tua nova chance. Eu te Amo muito! Com Amor, teu velho e já saudoso pai. 

O Preço da Cobiça


Jorge, um garoto de família abastada, freqüentava a mesma escola de Artur - menino órfão que vivia com sua pobre mãe.
Os dois alunos eram aplicados. Aproximando-se o fim do ano, Jorge notou que Artur estava conseguindo melhores notas e isso era uma séria ameaça à sua vaidade de concluir o curso em primeiro lugar.
Assim, começou a invejar o colega e a elaborar um plano para afastá-lo do seu caminho. Desejava prejudicá-lo.

Certo dia, a professora anunciou que um aluno havia perdido um relógio de estimação. Alguém havia tirado do bolso da sua blusa, enquanto estava brincando no galpão da escola, pois havia pendurado a blusa na pilastra e, quando voltara para pegá-la, notara que o relógio não estava mais lá.
Depois do anúncio, a professora revistou os bolsos e as pastas de todos e não encontrou nada.
Pôs-se então a examinar as carteiras e foi encontrar o relógio exatamente na carteira de Artur. Ao ser acusado, o menino afirmou de cabeça erguida: "Eu não peguei o relógio, pois estava também brincando no galpão, juntamente com o colega."
Entretanto, Jorge com seu grupo, já previamente combinados, acusaram Artur, dizendo que na semana anterior ouviram-no falar que gostaria de ganhar um relógio, por ocasião da formatura.
O menino não negou o fato de haver falado isto, porém, afirmava categoricamente que não tirara o relógio.
Todos ficaram contra ele e o pobre menino, não tendo como provar sua inocência, acabou expulso da escola. A sua pobre mãe ficou muito triste, mas confiava na honestidade do filho.
Finalmente, com Artur fora da escola, Jorge tirou o primeiro lugar e recebeu a medalha de ouro.

Poucas semanas depois, Jorge caiu enfermo e foi hospitalizado. Uma imediata transfusão de sangue se fez necessária para lhe salvar a vida.
Não havendo banco de sangue, muitas pessoas foram convidadas a doarem o seu sangue e Artur voluntariamente se ofereceu para isto.
Feitas as análises, concluiu-se que apenas o tipo de sangue de Artur poderia ser usado e isto foi feito.
Os pais de Jorge ficaram sensibilizados e, logo que o filho começou a reagir, contaram-lhe o que havia acontecido.
Ciente do gesto generoso de Artur, o garoto pediu para vê-lo. E, quando ele chegou, Jorge estendeu-lhe a mão, dizendo:
- Fui desonesto com você, acusando-o só para afastá-lo do meu caminho. Eu sabia que não conquistaria a medalha se você continuasse na escola, e apenas por isso o denunciei injustamente.
- Não diga mais nada. Eu sabia de tudo porque o vi tirando o relógio. Só não disse isto para que não perdesse o ano. Fui o perdedor inocente mas o perdoo. Mamãe confiava em mim e isto me deu forças para aceitar e suportar a afronta com dignidade.
- Ainda assim você deu o seu sangue para salvar a minha vida?
- Dei, porque Cristo fez muito mais do que isto para salvar a humanidade e, ao dar sua vida, Ele nos ensinou também a perdoar até o inimigo. 

Uma Crônica de Natal


O Camelo disse:
-Nada de mim tinha para dar ao Menino nascido em Belem.
Então transportei os Magos que seguiam o caminho da Estrela.
Dei meu folego ao Menino.
E o boi disse:
-O frio da Noite Santa era tão aspero que entrei na manjedoura para me aquecer.
Mas vi la um Menino com frio, e sua mãe e seu pai...e não pensei mais em mim.
Aqueci-O com o que tinha de meu: meu pobre alento.
A cabra falou pouco:
-Eu lhe dei o leite de meu filho.
A ovelha disse:
-Nada Lhe podia dar e me deitei aconchegada ao Menino para aquece-Lo na noite fria. Dei-Lhe muito pouco: dei-Lhe apenas meu calor.
Um jumento falou:
-Quando Herodes mandou decapitar criancas, eu O levei na fuga para o Egito.
Veio o peixe e disse:
-Eu saltei para o barco de Pedro. Eu lhe dei a fé.
O grão de trigo falou:
-Eu me multipliquei quando Ele me pediu. Dei-Lhe a ceia.
A água:
-Eu me transformei em vinho. Dei-Lhe o sangue.
Entao veio o HOMEM:
-O Homem sabio - o unico entre os animais que possui o segredo da Eternidade.
O Homem que e o Rei da Criação e proprietario do livre arbitrio.
E o Homem (DEUS PAI) disse:
-EU LHE DEI A CRUZ. 

O Trabalho de cada um


Era uma vez dois primos que foram criados juntos. Aprenderam a rastejar e a engatinhar juntos, mais tarde a correr, nadar, jogar bola e tudo o mais que os meninos fazem juntos. Eram amigos leais e devotados.
Porém, com o tempo, foram se distanciando, como acontece até mesmo com bons amigos, ao saírem pela vida.
Um deles dedicou-se aos livros; descobriu um certo prazer em aprender e estudou muito, acabando por triunfar nos exames.
O outro primo resolveu que os livros não eram lá tão boa companhia. Faltou muito às aulas, para continuar a nadar e jogar bola; ignorou os deveres e acabou fracassando nos exames.
A sorte sorriu ao primeiro, que se tornou conselheiro do próprio rei.
O segundo primo acabou arranjando serviço de remador do navio real.

Um dia, o rei e todos os conselheiros reais embarcaram para uma viagem rio acima.
Sentados sob um dossel, na proa do barco, onde a brisa era mais agradável, discutiam negócios de estado enquanto o barco seguia.
O remador, vendo o primo bem à vontade com a realeza, ficou muito abalado.
- Olhe só aquele preguiçoso, espichado na sombra, enquanto eu fico aqui moendo os ossos ao sol - disse para si mesmo, continuando a remar.
- Por que ele tem o direito de se sentar lá, e eu não? Afinal, nós dois não somos criaturas de Deus? - e quanto mais pensava, mais furioso ficava.
- Olhe só estes palermas , inúteis -- começou a resmungar para um companheiro remador.
- Intitulam-se conselheiros, mas só ficam à toa, jogando conversa fora. Por que é que nós temos que suar tanto para puxar as carcaças deles contra a corrente? Isso não é nada justo! Eles deviam estar aqui, remando também. Não somos todos criaturas de Deus?
Aquela noite ancoraram para pernoitar. Todos comeram e dormiram logo. O remador acordou no meio da noite, com uma mão muito firme sacudindo-lhe os ombros. Era o próprio rei.
- Há um barulho esquisito vindo daquela direção - disse, apontando para a terra. - Não consigo dormir, imaginando o que seja. Por favor, vá e descubra.
O remador pulou fora do barco e subiu correndo para o alto de um morro. Voltou poucos minutos depois.
- Não é nada, Majestade - disse. - Uma gata acabou de dar à luz uma ninhada de gatinhos barulhentos.
- Ah, sim. - disse o rei. - que tipo de gatinhos?
O remador não tinha olhado para os filhotes. Correu de novo morro acima e voltou.
- Siameses - disse.
- E quantos são os gatinhos? - perguntou o rei. Isso o remador também não tinha reparado. Voltou lá.
- Seis gatinhos. - reportou.
- Quantos machos e quantas fêmeas? - perguntou o rei. O remador correu para lá mais uma vez.
- Três machos e três fêmeas - gemeu, já quase sem fôlego.
- Está bem - disse o rei. - Venha comigo.
Foram pé ante pé até a proa do barco, e o rei acordou o primo do remador.
- Há um barulho esquisito em cima daquele morro - disse-lhe ele. - vá lá e descubra o que é.
O conselheiro desapareceu na escuridão e voltou pouco depois.
- É uma ninhada de gatinhos recém-nascidos, Majestade - disse.
- Que tipo de gatos? - perguntou o rei.
- Siameses - respondeu o conselheiro.
- Quantos? - Seis.
- Quantos machos e quantas fêmeas?
- Três machos e três fêmeas. A mãe deu à luz dentro de um barril revirado, logo depois de chegarmos.
Os gatos pertencem ao prefeito do vilarejo. Ele espera não ter incomodado Vossa Majestade, e convida-o a escolher um deles, caso a corte precise de algum animalzinho real de estimação.
O rei olhou para o remador. - Eu ouvi seus resmungos, hoje cedo - disse ele.
Sim, todos somos criaturas de Deus. Mas todas as criaturas de Deus têm o seu trabalho a executar.
Precisei mandá-lo quatro vezes à praia, para obter as respostas. Meu conselheiro foi uma vez só.
E é por isso que ele é meu conselheiro, e você fica com os remos do barco.
Vamos mexa-se... isso... mexa-se bastante... igual ao rapaz ao lado...
Podemos pensar e podemos escolher entre conselheiro ou remador... Depende exclusivamente de nós! 

A Árvore Gigantesca


Um carpinteiro e seus auxiliares viajavam pela província de Qi, em busca de material para construções.
Viram uma árvore gigantesca; cinco homens de mãos dadas não conseguiam abraçá-la, e seu topo era tão alto que quase tocava as nuvens.
- Não vamos perder nosso tempo com esta árvore -- disse o mestre carpinteiro.
- Para cortá-la, demoraremos muito. Se quisermos fazer um barco, ele afundará, de tão pesado o seu tronco.
Se resolvermos usá-la para a estrutura de um teto, as paredes terão que ser exageradamente resistentes.
O grupo seguiu adiante. Um dos aprendizes comentou:
- É uma árvore tão grande e não serve para nada!
- Você está enganado - disse o mestre carpinteiro.
- Ela seguiu seu destino à sua maneira.
Se fosse igual às outras, nós já a teríamos cortado.
Mas porque teve coragem e ser diferente, permanecerá viva e forte por muito tempo. 

Morre lentamente

Quem não troca de idéias, não troca de discurso,evita as próprias contradições.

Morre lentamente
Quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.
Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente
Quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário.
Muitos não podem comprar um livro, um disco, um hobbie mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos "is" a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
Quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente
Quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional.
Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
Quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente
Quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois, quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.
Evite a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.